domingo, 19 de setembro de 2010
É preciso saber
É preciso que se saiba duma delicadeza na vida, dumas cores, duns tons, é preciso que saiba do amor na vida, é preciso. É preciso que não se tenha pressa pra viver, por mais que a pressa de uma noção de adrenalina que muito nos instigue, é preciso que se entenda que o tempo, o tempo passa com uma mesma calma que sempre tem e terá, e que a impressão de que as semanas os meses o ano e a vida passam tão rápidos, é , apenas impressão e nada mais. Ou melhor, muito, muito mais, é preciso que se grite que se cante alto tão alto mas tão alto que céus ecoem a voz mesmo que você cante as letras e toque a musica só na mente. É preciso que se faça silencio, silêncio , para ouvir os pássaros, no meio duma avenida pousados nalguma árvore que você de fato não saberá qual é, no amanhecer do dia em plena São Paulo. E a vida é preciso saber dela , que a vida é longa que a vida é longa, que os amores, os amores são longos , sim os amores também são longos! Que amar, é um estado tão livre mas mas mas tão livre que permite simplesmente : amar. E ponto. Que o amor pode se transfigurar em tantas coisas se recriar em tantos amores e ainda é e continua sendo amor. E esta graça a graça da vida é para poucos para nós que estamos aqui. E pensar que tantos podiam estar vivendo, mas estamos nós. E pra não cansar de saber, huhum, é preciso Apren-der que de repente ao abrir um email , ou uma janela de “ você recebeu mensagem enquanto estava off-line “ descobre um tanto de cor na vida , ao acordar, ao sair dum ensaio de teatro com o corpo doido e vivido. E tudo esta on, on-line, um escorrego na esquina, num deslizar suave na nave, huhum. Olhar uma parede cinza e de concreto e ver-sentir o sorriso de alguém no meio do cinza e as cores se instaurando, os olhos brilhando na parede cinza de concreto! Identificar que isso não é paixão. É amor. É encanto na vida. É tomar vinho tinto seco e sentir doce. Comer amendoim, amora caída do pé na grama verde e curta na sensação grande e gorda de tesão por poder sentir esses prazer, sem ser no plural , por que prazer é prazer e é impossível distinguir como se fosse números.
E pra calar a cantante língua cantante vou dormir pra poder sonhar, pra poder acordar amanhã.
sábado, 18 de setembro de 2010
Tentativa no comunicar
Em qualquer canto estreito a tentativa errante, bate mais uma vez de cara na parede de pisos vermelhos. A comunicação: gazes de tons cinza, escuros. O instante sempre maior que as gordas ondas sonoras codificada-vazadas armaduras furadas, signos empoeirados de tempos e o desequilíbrio quando gozo e gritos de cores parem as sílabas. As bocas as mãos, retardadas, mutáveis, tentam o impossível.
Irregular. Pulsante as vibrações inquietas indefiníveis! Arcadas como facas de bronze e ouro. Como um pêndulo que não tem lado para cair, que a leve brisa faz agir como furacão que não sabe onde tem seu fim, nem ao menos identifica o início... Houl! Chega. Que assim não respiro. Pois os traços pintados, são mais! São mais! São borrões, cores cagadas.... Assim as sensações, o amor, a vida e essas palavras velhas, mas estes signos eternas transfigurações. Como o que não se muda, pois nunca é algo fixo, para poder mudar de um estado antes fixado. Fica in-de-fi-ní-vel. E o instante perdido num qualquer lugar pintado de azul, perdido na ponta do pincel do pintor; que não sabe o que vai pintar. Teima em buscar. E as palavras , sons gastos acabam por interromper a procissão. A próxima ação, a próxima mão jogada de qualquer maneira sobre o peito para sentir a pulsação, a batida do coração. – E o coração é um órgão tão desconhecido, faz-se dele sinônimo de amor, usam-no como significação de estar vivo, sua imagem partida ao meio é o emblema da mágoa. Pobre coração que bombeia o sangue fazendo circular por todo corpo, extremidades. Movimenta os glóbulos vermelhos. Ah! Faz sentir a sensação de perda de ar ao ver um apaixonante olhar, faz-nos ficar com as pernas tremulas quando nossas próprias pernas estão no meio de outras pernas...
E quem sabe? O silêncio do desconhecimento, do algo desconhecido responda os instantes, os acontecimentos tortos e leves da tentativa de comunicar, do quase dizer por meio das gordas ondas sonoras. O coração seja o desconhecido músculo vermelho, o vermelho tem algo a dizer sobre o amor?
Irregular. Pulsante as vibrações inquietas indefiníveis! Arcadas como facas de bronze e ouro. Como um pêndulo que não tem lado para cair, que a leve brisa faz agir como furacão que não sabe onde tem seu fim, nem ao menos identifica o início... Houl! Chega. Que assim não respiro. Pois os traços pintados, são mais! São mais! São borrões, cores cagadas.... Assim as sensações, o amor, a vida e essas palavras velhas, mas estes signos eternas transfigurações. Como o que não se muda, pois nunca é algo fixo, para poder mudar de um estado antes fixado. Fica in-de-fi-ní-vel. E o instante perdido num qualquer lugar pintado de azul, perdido na ponta do pincel do pintor; que não sabe o que vai pintar. Teima em buscar. E as palavras , sons gastos acabam por interromper a procissão. A próxima ação, a próxima mão jogada de qualquer maneira sobre o peito para sentir a pulsação, a batida do coração. – E o coração é um órgão tão desconhecido, faz-se dele sinônimo de amor, usam-no como significação de estar vivo, sua imagem partida ao meio é o emblema da mágoa. Pobre coração que bombeia o sangue fazendo circular por todo corpo, extremidades. Movimenta os glóbulos vermelhos. Ah! Faz sentir a sensação de perda de ar ao ver um apaixonante olhar, faz-nos ficar com as pernas tremulas quando nossas próprias pernas estão no meio de outras pernas...
E quem sabe? O silêncio do desconhecimento, do algo desconhecido responda os instantes, os acontecimentos tortos e leves da tentativa de comunicar, do quase dizer por meio das gordas ondas sonoras. O coração seja o desconhecido músculo vermelho, o vermelho tem algo a dizer sobre o amor?
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