Em qualquer canto estreito a tentativa errante, bate mais uma vez de cara na parede de pisos vermelhos. A comunicação: gazes de tons cinza, escuros. O instante sempre maior que as gordas ondas sonoras codificada-vazadas armaduras furadas, signos empoeirados de tempos e o desequilíbrio quando gozo e gritos de cores parem as sílabas. As bocas as mãos, retardadas, mutáveis, tentam o impossível.
Irregular. Pulsante as vibrações inquietas indefiníveis! Arcadas como facas de bronze e ouro. Como um pêndulo que não tem lado para cair, que a leve brisa faz agir como furacão que não sabe onde tem seu fim, nem ao menos identifica o início... Houl! Chega. Que assim não respiro. Pois os traços pintados, são mais! São mais! São borrões, cores cagadas.... Assim as sensações, o amor, a vida e essas palavras velhas, mas estes signos eternas transfigurações. Como o que não se muda, pois nunca é algo fixo, para poder mudar de um estado antes fixado. Fica in-de-fi-ní-vel. E o instante perdido num qualquer lugar pintado de azul, perdido na ponta do pincel do pintor; que não sabe o que vai pintar. Teima em buscar. E as palavras , sons gastos acabam por interromper a procissão. A próxima ação, a próxima mão jogada de qualquer maneira sobre o peito para sentir a pulsação, a batida do coração. – E o coração é um órgão tão desconhecido, faz-se dele sinônimo de amor, usam-no como significação de estar vivo, sua imagem partida ao meio é o emblema da mágoa. Pobre coração que bombeia o sangue fazendo circular por todo corpo, extremidades. Movimenta os glóbulos vermelhos. Ah! Faz sentir a sensação de perda de ar ao ver um apaixonante olhar, faz-nos ficar com as pernas tremulas quando nossas próprias pernas estão no meio de outras pernas...
E quem sabe? O silêncio do desconhecimento, do algo desconhecido responda os instantes, os acontecimentos tortos e leves da tentativa de comunicar, do quase dizer por meio das gordas ondas sonoras. O coração seja o desconhecido músculo vermelho, o vermelho tem algo a dizer sobre o amor?