domingo, 13 de fevereiro de 2011

Após empoar o rosto de blush


Olhos negros cerrados até a chegada da nascente manhã. ( amor coberto de chantilly e bordas de borra de café na xícara manchada pelo batom vermelho). Braços se abrem, cordas de piano esticando; os bocejos são notas desafinadas pra quebrar o silêncio da luz que entra pela janela do quarto. Delicada levanta. Após empoar o rosto de blush, após lambuzar as esquinas de batom vermelho e umidade gozosa, pintar quadros de folhas seca e sem cor, encher copos de tequila, manchar copos com batom vermelho-puta. Após palavras cagadas em conversas mudas. Frases gritando um silêncio oco. Termi-tremitantes sentires gélidos de uma carne quente. Hormônios efevercentes, líquido e calor descendo pelo meio das pernas. Após empoar o rosto (vida) de pó. Abriu a porta feita de fibras rígidas de sentimentos evitados; saiu de casa, aberta de feridas que secaram sem o bater do vento do terraço rosado.

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