terça-feira, 25 de dezembro de 2007
Escorrendo
Preciso dizer. Escorrer como sangue, como gota de saliva quente e efevercente. Febre de dentro,de fora holocausto claustrofóbico. Doentia toda qualquer forma que em mim se apresenta. Nuvem que a principio suja entre as outras leve-molente. Assim. Volta febril com toda fome jorrando do seio da incapacidade de parar no pensar. Uma linha. Coisa livre, forma não, não tem.
Será possível. O que suporta a dor quando estrala em si para... para o que? O todo, e todo lá existe... Ah, pensar em todo, na firmeza que constroe reta tonta, tremula como mola virgem e velha voltada ao espelho nua escorrendo óleo, graxa e sangue por entre seus seios vistosos novos e gordos, firme da sua sexualidade de sua vida. Firme crua.
Quero lá saber de amor?! Bicho ou troço-espécie que aparece repleto de cascas finas, delicadas e ásperas. –ah, são tantas casquinhas que todas não podem. É chuva pode bela e múltipla, é chuva que pode ser nada, apenas atraso ou dura perda do momento. – E mais uma perda, sinto que morro.
E penso em palavra que diga, que diga o que? Sei não, queria apenas. Como a palavra teima em nós ser uma tentativa frustrada de que há de se comunicar, só não pode. Mas cresce e quase sempre segura e cega. Assim pelo menos a mínima similaridade com o amor. Cego, cega. Tentar ver, sim, pois sim. Ver sempre há de se querer, tolo. Sentir, sentir belo e claro a sensação. A afronta que rasga o vidro , soca o vidro só pra furar, pra tentar nascer.Em horas confusas, ah sim, brotar lisa confusa e imperceptível ao diálogo proposto. Identificação que fica no quase, num quase. O quase que quase sempre parece o clímax do acaso. Pensar que exista o clímax do invisível, é fazer invisível o gozo possível existente e que abre suas pernas quentes e esguias, duas pernas de cadeiras num quarto vazio.
E fico aqui. Acabo nas minhas linhas de letras tortas e tontas.
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em mim, tudo também escorre...
ResponderExcluire é bom assim!
Feliz natal, querido!
e olha:
tem novidade no Falópio e nas Descontroladas.
Apareça!
Um beijo!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirComigo não e ao mesmo tempo também!
ResponderExcluirAs coisas escorrem , escorrem como agua corrente: sem gosto, cheiro ou sabor e se perde porque em mim tudo é labirinto.
Assim,se isso importar!
Ler seu blog é uma aventura digna de um grande épico! quando chego até o final de um post me sinto como o Riobaldo depois de atravessar o grande riacho em o grande sertão! Isso bom ,Assim se isso importar. Abraço!
Antnim, fico muito grato, realmente , como posso dizer de uma forma ponposa e bonita.....lisongeado pelos seu apreço nos meus fragmentos escritos. Agradecido de coraçao, de mente, de alma, de corpo.
ResponderExcluirEntão, Pra vc o amor é como uma cebola?
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