segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010


Eu vou voando num quarto azul escuro, assas grandes num sonho infinito. Sonho. Aquele que pode amar quando quiser, que o amor enquanto substancia é cerne de todo mecanismo não mecânico que é o ser , Não ser um normal no meio de todos os alucinógenos remédios da minha prateleira de ilícitos quereres . E parando pra pensar em não parar no sonho, a realidade até que fica bem equânime na conta onde se subtrai a razão e somam-se as migalhas suficientes de vertigens oxigenadas deste mundo sufocante de tanto que tenta matar de tecnologia, robozinhos, máquinas, máquinas e muito café com bobagens da modernidade atrasada que não cansa de se perder em completa afirmação da negação no amor. Multiplique as ondas musicais do espaço vazio existente no silencio das buzinas de falas, multiplique o calor o sabor do beijo amanhecido do dia de hoje, de ontem, do amanha que se fará brilhante, Multiplique muitas, inúmeras vezes o tesão de comer de foder bem gostoso a carne que pede a penetração e os rompimentos que gritam ausente do suspiros... Uu uuu uuuh. Meus amores, não se percam como se perdem as ondas no mar. Venha querida carne, seu corte não fica longe, a faca esta afiada apenas aguarda-te para lá dos grunhidos noturnos, diurnos, em todo espaço aberto de tempo inútil. No fim da soma girem todos os assentos livres, pois a estrada aguarda a partida dos triunfais sentimentos de gigantes perdidos. Ponha sobre a mesa um copo com flores cheio de amores, cheio de tudo que há de vivo nos polens que as abelhas não cansam de tentar revelar que a vida esta nas partículas. Desculpe mas a vida é feita de espelhos quebrados que não refletem a real existência que permeia nos meios calados. Jurados que nunca morreram todos estes amores existentes por ai e ali, o amor na crença, o amor nas águas que curam, o amor na promessa que nem se tem mais na memória quando foi feita. – Desculpe Baby precisamos caminhar um pouco, respirar um pouco.

Meu Deus como gostaria de flutuar em atmosferas menos densas, plumas que não sentem o peso da dor, que respiram paz. Venha cá nos salvar, deste mundo em ruínas, senhor nosso. Pois é mais simples caminhar em chamas que permanecer lúcido aqui! (?). Ah, eu vejo as estrelas brilharem no céu a lua resplandecer sobre este terreno baldio e repleto de genes inférteis. No espaço gordo entupido de nada, plantar sementes de sonhos, é possível? (!).
Algodoes azul, algodoes rosa... As coisas permaneceram no inóspito diário que são os dias propostos. Um alarde: – faz frio extremo, que esta queimando a alma, queimar de frio é um estado físico que a ciência explica, mas não cabe dentro dos ambientes em que ainda há vida.
Segurar uma antena que me conecte com outros seres pra me aquecer, atingir maiores velocidades. E depois que ultrapassar-me por completo resgataria alguma essência perdida nessa nave aonde as partículas essências podem ter sido deixadas nas curvas. E o pior é termino com impressão de rei na barriga, de barriga cheia de fúteis matérias. Ainda quero ver o nascer do céu. Ele precisa estar bem distante das palavras deixadas no quintal vazio, das cores que eram e não continuaram a multiplicar-se por estes quadros que são a vida; Acoplar um pedaço de vida em toda vida que passar por mim, em toda espécie, sedenta, por ter apenas poções sem magia. Poções criadas de pedaços de pétalas largadas num caderno antigo de escritados esfolados sentimentos guloso por descobertas.
Ainda quero ver o nascer do sol. A sala o algodão as assas. A sala azul o algodão colorido as palavras cuspidas o cuspe de vida num mundo com flores resistente a cimento, nesta concreta consolidação mutável do consumo regente. Plantar um pouco de cascas finas, é tantas, como o amor, descascar faz chorar. Oxigenando. Transando com a semi-seca volúpia por relações, relatos de fatos, tesouras que foram viradas para cima e terminaram por cortar órgãos. (– milagres da medicina?) As relações permaneceram cheias de seu todo imenso amor. E pra isso nem precisa de faz de conta, porque os cantos que tenho a cantar são longas pernas abertas e úmidas, poesias de cera no inverno, um pouco de chuva pra regar terras rachadas nestas coisas que nem foram tocadas. Aqui e nem se sabe la aonde existem raízes de outras terras, existem terras de outras raízes. E por aqui no meu jardim vou plantar algodão rosa. Por que este mundo faz um baita tempo que foi pra roça.


Observação. Experiencia feita com a mistura do Album: Arnaldo Baptista - Singin' Alone [1982]

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